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Saúde da Mulher e Saúde Ocupacional

A saúde ocupacional, voltada à prevenção de agravos e à promoção do bem-estar no ambiente de trabalho, ganha contornos ainda mais relevantes quando olhamos para a saúde das mulheres. Dados recentes (2013–2023) revelam um cenário alarmante: foram registradas 19.644 notificações de transtornos mentais relacionados ao trabalho no Brasil, com crescimento contínuo e um pico em 2023.

As mulheres representam 65,8% dos casos notificados, confirmando evidências de que são mais vulneráveis aos efeitos negativos do estresse ocupacional. Essa maior exposição se explica pela sobrecarga da dupla jornada, pelas exigências emocionais em muitos postos de trabalho e pela pressão para equilibrar responsabilidades pessoais e profissionais. Como consequência, são mais frequentes diagnósticos de ansiedade, depressão e burnout.

A faixa etária mais atingida é entre 35 e 49 anos, momento em que as mulheres enfrentam demandas intensas na carreira e na vida pessoal. Além disso, a permanência prolongada em um mesmo emprego aparece como um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais, pois a exposição contínua a estressores ocupacionais amplia a insatisfação e o desgaste psicológico.

Os impactos não são apenas individuais: mais de 11 mil trabalhadoras tiveram incapacidade temporária e 576 desenvolveram incapacidade permanente, afetando famílias, organizações e a economia.

Cuidar da saúde ocupacional das mulheres é, portanto, uma questão de justiça social e de sustentabilidade econômica. Isso implica em promover ambientes de trabalho saudáveis, implementar programas de prevenção e oferecer suporte psicológico, reduzindo riscos e fortalecendo a qualidade de vida.

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